dc.description.resumo | Com a ação de escuta e de tessitura de uma cidade, de seus valores, de
sua história, de sua gente, Magda Diniz tece também outros significados e
conduz seu estudo como quem produz uma rede, uma bela rede nordestina!
Além de podermos acompanhar ao longo desta escrita e através dos relatos
de moradores/as da cidade de Santa Cruz mais do que a reconstrução
de sentidos em relação às constituições identitárias culturais da mulher
Rita de Cássia e da Santa Rita de Cássia, mesmo sendo esse um grande
objetivo, a autora nos revela em prosa um estado de poesia, estabelecido
nas entrelinhas das concepções de mundo.
Embasada no conceito de identidade cultural, nas categorias teóricas
de sujeito propostas por Hall, linguagem e interação bakhtinianas, este
estudo dialoga com diversos objetivos de leitura e pode responder a diferentes
interesses.
Essa viagem leitora pode se dar desde com o propósito de aprofundamento
sobre um saber acadêmico até com o de busca do entendimento
ético-prático sobre nossa sociedade, nossa gente brasileira, enfim, sobre
nós mesmos/as.
Desse modo, e ao mesmo tempo, a autora nos impulsiona a adentrarmos no
estudo atento e cuidadoso que tem como pressuposto básico o entendimento
de que o discurso constitui e é constituído nas interações dialógicas, no
mundo vivenciado pelos sujeitos não objetificados. O mundo empreendido
pela obra nos aguça, assim, importantes sentidos durante sua leitura:
“Escutamos” a cidade e o que ela nos relata de sua vida cotidiana, de suas
tradições, de seus causos e, por vezes, de sua devoção. “Visualizamos”
a cidade através de amostras fotográficas que vão delineando seu corpo
citadino. “Sentimos” a força da cidade e de seus habitantes na produção
exotópica dos acontecimentos relatados. | pt_BR |