dc.description.resumo | Na atualidade, o Brasil se concentra como o país que possui maior variedade de Oleaginosas, entre as mais
utilizadas pode-se destacar o dendê, mamona, soja, milho, abacate e coco, atuando em variadas áreas
como medicinais, industriais, fabricação de tintas e vernizes, biodiesel e cosméticos, dentre elas o setor
alimentício, que recebe a maior parte dos investimentos. E visando uma oleaginosa que fosse facilmente
encontrada no Nordeste, foi escolhida a semente de oiticica, a qual é típica do clima semiárido, demora
alguns anos para entrar em estado de frutificação, mas em compensação um pé de oiticica costuma
produzir 75 quilos de frutos secos por safra, mas já foram registrados exemplos com produção de até 1.500
quilogramas. Diante desta problemática este trabalho tem por objetivo extrair, tratar e avaliar por meio de
análises físico-químicas o óleo de oiticica para utiliza-lo na produção de biodiesel. As suas sementes foram
coletadas no sitio Rosário, localizado na cidade de Felipe Guerra, RN. Para fazer a caracterização, as
sementes passaram por um processo de trituração utilizando um moinho de facas, após este processo
trituração realizou-se a extração do óleo utilizando um soxhlet, o solvente utilizado foi o hexano, durante 4
horas. Em seguida realizou-se o processo de rotaevaporação para recuperar o solvente e obter o óleo de
oiticica. Após a extração do óleo foi realizado o processo de degomagem para a retirada dos fosfatídeos e
uma neutralização para diminuir a acidez do óleo de oiticica. Por fim foram analisados os seguintes
parâmetros físico-químicos desse óleo, como o índice de acidez, índice de peroxido, índice de saponificação
e densidade. O óleo de oiticica após passar pelos processo de tratamento (Degomagem e Neutralização),
mostrou-se um bom óleo para produção do biodiesel, pois de acordo com as análises físico-química ele se
encontra dentro dos padrões estabelecidos pela a ANP, obtendo um índice de acidez de 0,4 mg KOH/g, um
índice de saponificação de 148,77 mg KOH/g, um índice de peróxido de 4 meq/kg e uma densidade de 820
kg/m3, além de apresentar um rendimento de 52% de óleo nas amêndoas. O óleo de oiticica possui
variados pontos positivos, mas que por não ser utilizado no comercio alimentar, é esquecido, pois existe um
maior investimento em óleos que sejam aptos no setor de alimentos, entretanto, existem hoje, poucas
pesquisas dessas amêndoas, não se dar a mesma importância como os óleos de coco e soja, diante deste
resultados obtidos é possível perceber que esta oleaginosa é propicia para a produção do biodiesel. Diante
da necessidade de obtermos novas oleaginosas para produção do biodiesel, este trabalho vem contribuir
com este setor dos biocombustíveis. | pt_BR |