dc.description.resumo | Em nossa sociedade hodierna, tornou-se comum a busca alucinada por novos avanços tecnológicos, visando o desenvolvimento de Equipamentos Eletroeletrônicos (EEE) cada vez mais inovadores, entre eles: notebooks, impressoras, bem como cartuchos de toners de impressora, equipamentos esses que foram criados com a pretensão de tornar mais prática a vida do homem, utilizados cotidianamente. Contudo, equipamentos como esses se desgastam, ficando impossibilitados de serem reutilizados, fazendo-se necessário um destino final adequado para esse tipo de material, que, no entanto, acaba por muitas vezes sendo descartado de maneira incorreta, podendo causar danos irreversíveis, tanto ao ambiente quanto à saúde das pessoas. Um dado relevante, e, ao mesmo tempo trágico, é que “o lixo eletrônico cresce cerca de cinco vezes mais do que o lixo urbano” (Moura, et al. 2012).
Preocupando-se com essa situação, e mais ainda com o cuidado que os EEEs recebem dentro das instituições que trabalham com materiais como toners de impressoras, surgiu o projeto de pesquisa “Introdução do Pó de Toner na Ferrita de Níquel-Zinco, pelo Método dos Citratos Precursores”, tendo em vista que o pó de toner possui um quantidade considerável de óxido de ferro, podendo assim reduzir o custo na fabricação da ferrita, além de fazer uma reutilização do pó de toner, evitando assim o seu descarte de forma inadequada no meu ambiente.
O pó de toner consiste no produto de uma mistura de carbono com polímeros como resina plástica, poliéster; óxidos: como óxido ferroso, óxido de chumbo (II) e óxido de zinco (II) e a sílica (SiO2); sulfato ferroso, segundo Monteiro et al (2009). Os metais identificados podem acarretar problemas respiratórios e danos ambientais, além de doenças como alergias, bronquite, asma e até câncer, sendo comparado com o amianto (HUANG; SARTORI, 2012).
Introduzindo o conceito de ferritas, temos que são óxidos de metais bivalentes (MeO.Fe2O3) misturados com óxido de ferro sendo este último o componente principal (CAHN et al., 2000). As ferritas são utilizadas extensivamente como indutores, hastes de antena, bobinas de carregamento e bloqueadores, garfos de deflexão, cabeças de gravação, em amplificadores magnéticos, na interferência eletromagnética (IEM) e nos transformadores de potência, suprindo exigências básicas nas áreas de alta tecnologia, possibilitando ao homem construir materiais magnéticos cada vez mais eficientes e úteis para aplicações em vários dispositivos eletrônicos.
Dessa forma, nesse trabalho foi realizada análise do pó de toner e feitas as caracterizações por fluorescência de raios-X (FRX) e microscopia eletrônica de varredura (MEV) onde percebeu uma grande quantidade de óxido de ferro na estrutura, viabilizado a dopagem na ferrita de Ni0,5Zn0,5 calcinado a 350ºC/3h. O material foi misturado nas proporções de pó de toner e ferrita nas seguintes frações, 10:100, 20:100 e 30:100. Porém os resultados não serão apresentados nesse trabalho em virtude no atraso da entrega dos resultados pela UFRN. | pt_BR |